usei os stories de caotidiário pra contar o que basicamente fiz nas minhas caotiférias: li, despretenciosamente. entre os libritos (não tão itos assim) li a biografia da vastidão de mulher que é @fernandamontenegrooficial e que trouxe uma suavidade pro meu corazón com um simples parágrafo. esse último, da primeira foto.
há uns tempos atrás, hermana me presenteou com aqueles testes de dna que indicam suas origens e ela sabe muito bem a carinha de mé que eu fiz, coitada.💔 além de um puta receio dessas coisas, eu sabia que um troço desses só ia reforçar que ~ain meo como ela é européia~ (assim como vi umas influenciadoras compartilhando seus resultados e sendo motivo de chacota).
tava evitando tanto sentir essa vergonha burguesa que enrolei semaaanas pra coletar minha babinha da bochecha kkk então fiz, o resultado foi 100% european.
ainda que tenha sido legal demás de poder comparar nossa hereditariedade (yo super materna/armênia, ela bem mais paterna/portuguesa), rolou um esforço pra eu compreender que esse 100% define só uma origem geográfica (e histórica, de perseguição e opressão no caso...)
pero como bem disse Fê Montenegro, aceitar minhas raízes além-mar não contamina a brasileira que sou, a personal organááizer content producer paulistaner que soy. contaminado tá ainda o nosso olhar encantado de promessas, que acha que tudo que venha de "lá" é sinônimo de outro patamar, ainda que venha tudo fugido em situação precária pakas, fedido, assustado, amargurado, assim como vieram meus quatro avós. glamourizar esse desespero é que é bem burguês.
ser imigrante de forma planejada nos tempos atuais pode ser mais higiênico e menos dramático, mas o fato é que nuuuunca deixarás de sê-lo (ainda que teoricamente seja tudo um bando de sapiens perambulando por aí kkk reflitãoooo).
bueno, sigo com menos vergonha de algo ilusório e que não posso controlar - que é o tal do passado - e sempre apaixonated nesse chão que me dá feijão e milho, ainda que inflacionados, e belos primores e horizontes que eu não encontro lá.🖤
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