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pau que nasce torto...

“se o ar não se movimenta, não tem vento, se a gente não se movimenta, não tem vida” - quando eu achei que tava forçando a barra dos meus limites saudáveis ao, no pico da minha mudança de cidade, pegar pra ler Torto Arado, tomei essas sábias palavras de @itamarvieirajr como álibi.


o livro, gentilmente emprestado pela melhor vizinha @migueiros (e muy bien cuidado pelos Caoticats felinos), acompanhou as minhas últimas noites em san pabla.


em novembro, adormecia cansadona com as letras se bagunçando tudo - e com um gostão amargo na boca. poderia ter escolhido um librito mais sussa nos últimos dias na cidade grande? poderia, pero así soy yo: dramáticah e emo. gosto de ler pra me incomodar, não pra fugir.


torto arado, o conto da aia, persépolis, vidas secas, capitães de areia. romances reais demais pra não doer. feminino reprimido, silenciado, veladamente escravizado e violentado. não são suaves. mas na medida que botam a gente em movimento, trazem um inexplicável acalento, na busca de um arco iro, pra chamar de nosso. (e a foto é sem filtro msm)

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