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8 palestras topzeras pra maratonar

foi ingênuo não considerar que eu viveria um longo período de ostracismo quando em 2017 decidi sair da vidinha de agência de publicidade pra trabalhar em casa como autônoma e dar fim num deslocamento pendular desnecessário entre Osasco-São Paulo (que me calejou-estressou-surtou por quase 8 anos). segui o caminho óbvio: transplantei o estilo de trabalho de agência, pra minha casa. então me encontrei semi-confinada, vivendo muitos dias iguais, sem estímulos externos, sem carpe diem, mas cheiiiinho das crises, em abundância, mermão.


¿como fui parar no Creative Mornings?

em meados de 2018, caotiboy me avisou que numa sexta-feira, às 8h, aconteceria um evento gratuito no coworking em que ele trabalhava. mesmo gratuito, a proletária 2.0 ficou ressabiadíssima: COMO poderia se ausentar em horário comercial??? (isso pq eu só saia, em média, 1x por semana). e se alguém me procurasse? que bando de gente desocupada vai ver palestra de boa numa sexta de manhã, quando as entregas mais se acumulam? e assim seguindo, toda aquela avalanche de pensamentos atrelados a minha limitada visão de cabresto.


só me convenci de dar uma conferida, pela facilidade em ser um coworking. na pior das hipóteses eu abriria meu notebook e faria alguma ~coisa produtiva~ali mesmo. 


ainda que checando meu celular freneticamente, ninguém me procurou por aquelas horas. rolou até um estranhamento. e gostei disso.


esse foi o início do meu match com o Creative Mornings, um encontro mensal com café da manhã delícia&gratuito acompanhado de um bate-papo-palestra inspirador em torno de uma mesma temática, alinhada em 194 cidades de 65 paises. e tudo de forma voluntária. haja organización.


foi a partir dele que comecei a me propor a frequentar outros eventos, sair da casinha -literalmente- e lá, além de encontrar muita gente bueníssima, estabeleci uma singela cartelinha de clientches. foi um evento que me possibilitou uma libertación da relação abusiva que eu tinha com clientes tóxicos e jobs zero coerentes aos meus valores. 


não só por essa gratidón ou por ser voluntária na organización desde 2019, eu prego real o Creative Mornings pq sei da riqueza das conexões que ele cria e das mensagens que ele dá palco. as conexiones, só vivenciando mesmo. mas as mensagens, seguem eternizadas dentro da linda&dinâmica plataforma deles. depois de toda essa intro da minha história de amor, me sinto no dever de enaltecer aqui as falar que mais me marcaram.


fique aqui então com uma Caótica Suave Compilation das palestras de tempos a.c. (antes de corona) com potencial de suavizar el caos de su cabezita.

enfim, a listchénha


soa como uma visão tendenciosa de Caótica Suave mas juro que essa foi a palestra mais brilhante em que já estive. o arquiteto e urbanista Caio Vassão deixou todo mundo no auditório da -my precious- EBAC meio boquiaberto. 

de uma forma altamente dinâmica, ele reforçou aquilo que eu já disse na voz da Caótica 715 vezes (e também no meu 1º videozin do Youtubiu) de que toda a nossa natureza&vida provém do caos, mas que temos a capacidade de transformá-lo em ordem, ainda que sempre trombando com a aleatoriedade e a incerteza (já que a estatística pra comportamento humano é uma bela ilusión hahaha

óbfio que não perdi a oportunidade de fazer uma perguntinha (ainda que toda enrolated) sobre a ilusão da organización como um adjetivo. 


numa manhã chuvosa, todo mundo fez o que agora é um absurdo: se enfurnou numa salica e ficou sem fôlego. sim, pq o futurista Felipe Teobaldo falou tanta coisa sensacional e numa velocidade tão surreal que a palestra parecia um vídeo em 1.75x, explodindo nossas cabeças - no bom sentido. fazendo provocações em uma timeline organizada sobre as últimas décadas, tivemos algumas visões de como será o fluxo de vida-morte de muitos comportamentos do nosso sistema, da nossa sociedade. 


o tema "fim" poderia ser abordado sob a perspectiva de carreira, de vida/morte. mas Ken fez um recorte que extrapolou as obviedade e falou sobre a urgência do fim da masculinidade tóxica, danosa não só pra nós mulheres, mas pra eles mesmos. e ainda trouxe muita sensatez falando da sua vivência particular, de como isso se desdobra no mercado publicitário e dentro das minhas tão amadas, sqn, agências. ahhh, esse lugar que ainda esconde tanto desrespeito sob o véu da informalidade né... enfim, assista e veja a limonada que Ken fez com esses lemons, como diriam os publicitários.


ps: a composição do Cris Romagna pra essa edição deixa meu corazón em frangalhos <3

e por falar em masculinidade tóxica, esse também foi o gancho do tema justiça. Mariana, que advoga há mais de década, compartilhou de uma experiência pessoal de violência num relacionamento que era, até então, 100% namastê, pra questionar: será que a justiça é de fato imparcial? 

a resposta nós bem sabemos né... mas enfim, ela construiu uma história muito linear e nos inspirou também fazendo uma bela limonada com esses limões azedos da vida.

ps: esse talk tem lugar em meu corazón pq foi meu 1º como voluntária hehe #tímida


2020 começou com TUROW, reunindo muita gente maravilhosa na Vila da Terra, um lugar de good vibez em abundância. a Paula Costa e o Valter Ziantoni falaram sobre ancestralidade, pincelaram sobre agroflorestas, sistemas agloforestais regenerativos e outras práticas para evitar um colapso ambiental.......eta.

tem nem como detalhar a AULA que foi isso, e ainda ganhamos mudinhas de plantas nativas das mãos da Paula e rolou uma xepa dos orgânicos produzidos lá mesmo na Vila da Terra.

olha a alegria dos voluntários em fazer parte de um evento com temática tão essencial <3 


putz, 2019 encerrou com chave de ouro, com a edição do silêncio no Unibes Cultural. no palco, três grandes representantes da comunidade surda, mas destaco a palestra de Paullo Vieira, que por relatar sua trajetória de vida e sua luta pelos direitos da comunidade surda com tantos detalhes e registros visuais, emocionou a todos. minha nossa, o que eu fiquei arrepiada nessa edición, bicho... talvez o vídeo não alcance esse efeito, mas um evento em que os ouvintes são colocados no lugar de não protagonistas, foi uma baita de uma experiência empática.


a reflexión da Carol começa já com um profundo paradoxo de que tem vezes que a intenção é tudo, mas ás vezes a intenção é nada. q??? haha amo  Intenção é tudo? trazendo exemplos práticos do nosso dia a dia nessa sociedade mei maluca e tudo isso numa base numa visão da comunicação não violenta, - the famous CNV - ela falou sobre como podemos fazer a nossa intenção ser aplicada de uma maneira mais empática.

spoiler: inclusive, tem uma pirâmide de hábitos incluindo organización do quarto. curti, sim ou claro??


Dani, uma das fundadoras da belíssima iniciativa da Roupateca, um modelo de negócios de assinaturas de roupas, pra falar sobre empreendedorismo, consumo conscientche e a relação das mulheres com seus corpos.


assinar roupas é também dar chance pra experimentação, um pilar E S S E N C I A L pra quem se desenvolve na empiria, no testar, no ousar.


e claro que tendo a oportunidade de trocar uma boa ideia com ela, tasquei el microfone pra fazer uma reflexión: sendo a assinatura de roupas, também uma forma de consumo, ela também estaria contribuindo para a relação liquida com a moda e a busca pela última novidade? não deter a posse, apenas o acesso, não poderia causar ainda mais insatisfação?


tcharam

tcham

tcham

a resposta, cê conferes no vídeo

 

bueno.

espero real que essa listinha topzera e essas horas te agreguem.

sdds real dos encontros presenciais, mas o conhecimento todo, segue eternizado em vídeo, amém.

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